domingo, maio 27, 2007

Tratando da Capacidade Anímica

Autoria: Moura Rêgo

É engraçado como algumas pessoas, gostando de certos assuntos, tentam invariadas vezes, introduzi-los nas esferas em que estejam a participar, dessa maneira é que aparecem os “modismos”, mesmo no movimento espírita.

Há deles para todos os gostos. Vão desde a natureza fluídica de Jesus, até o Planeta Chupão, da existência de colônias nos Mundos Transitórios às crianças Índigo, passando, naturalmente, pela idéia de um desdobramento voluntário e consciente, como se este fosse possível a qualquer mortal.

Geralmente minhas palavras são respondidas por apupos, mais das vezes apopléticos, vindos dos que desse modismo último são partidários.

Nunca respondo, senão na mesma tônica de quem me responda, afinal, não estou incluído na classe dos Puros Espíritos, e estagio na Terra, um dos mais atrasados mundos, como ensina a Doutrina Espírita.

Mas sabem, lá no fundo, não acho que eles estejam errados em quererem divulgar suas idéias, ou mesmo, formarem uma nova doutrina. Esse é um direito inalienável deles, porém, (sempre tem um porém não?), o que não lhes é permitido, ou que seja, não lhes é facultado, é que queiram intrujar, esses conceitos, errados, mal acabados e concebidos do erro de interpretação, como tema doutrinário ou por outra, como sendo abonados pelos Espíritos reveladores, que se sabe serem da classe Dos Superiores. Estes, ensina a obra codificada, “ Não se contradizem nunca, porque só falam do que conhecem e do que podem falar”, notem bem, as aspas demonstram que esse texto é uma enxertia que faço das palavras trazidas em O Livro dos Espíritos, logo não são minhas, mas deles, os Espíritos Superiores.

Mas como eu dizia, não me preocupo com que tais pessoas gostem, acreditem ou propalem tais idéias, porém só não as podem dizer espíritas, isso não! Sempre encontrarão minhas palavras ditas ou escritas demonstrando a impossibilidade de tal argumentação ser tida como crível e espírita.

Abaixo um trecho de uma entrevista com o desenvolvedor dessa idéia, O senhor Waldo Vieira.

“AZ - O que é projeção astral?

WV - O homem se compõe de várias camadas superpostas de energia chamadas "corpos".

O corpo físico é a camada percebida pelos sentidos físicos, o que não impede a detecção das demais através de vários processos. A sede da individualidade, da inteligência, encontra-se no corpo físico quando todas as demais camadas estão em coincidência, isto é, quando a pessoa está acordada. Com o sono, é como se o corpo ligasse o "piloto automático" das funções autônomas, e a sede do eu, juntamente com as outras camadas, sai do corpo físico. As funções normais do indivíduo estão inibidas pelo sono e tudo se passa como se nada tivesse acontecido. O que pode ocorrer é que a pessoa, de repente, se ache "boiando" pelo quarto, como um balão, ou observando o seu próprio corpo adormecido. Quase sempre esse fenômeno ocorre espontaneamente e quem o experimenta, muitas vezes evita comentá-lo, com medo da reação dos outros. A projeção astral é muito comum na adolescência.

Quando o jovem conta aos pais que fez uma projeção, geralmente eles tentam tranqüilizar o filho procurando convencê-lo de que tudo não passou de um sonho. Em certos casos, procuram imediatamente um médico. Atualmente, com a maior divulgação dos estudos sobre esse tipo de fenômeno, ficou mais fácil falar do assunto sem correr o risco de ser internado numa clínica.

AZ - Há alguma pesquisa que comprove isso?

WV - Segundo as estatísticas internacionais, 89% das pessoas têm projeções inconscientes, pois quase todo mundo sai do corpo enquanto dorme. Restam 11%. Destes, 9,8% têm as chamadas projeções semiconscientes, ou o "sonho lúcido". É quando o sujeito sabe que está sonhando e chega mesmo a imprimir alguma intenção ao sonho para modificá-lo. Ele está fora do microuniverso consciencial localizado no corpo humano. Somente 1,2% da população mundial consegue efetuar projeções totalmente lúcidas, ou seja, são projetores conscientes. É o caso da maior parte das pessoas que trabalham aqui no Instituto.

http://www.viagemastral.com/templates/conteudo.php?id=1&c=684

http://www.viagemastral.com/templates/conteudo.php?id=1&c=703

Projeção Astral é a capacidade parapsíquica de a consciência se projetar temporariamente para fora do corpo físico. É conhecida popularmente como viagem astral ou saída do corpo. Dependendo da doutrina ou grupo pesquisado, esse fenômeno recebe diferentes designações. Por exemplo: Projeção astral (Teosofia); Experiência fora do corpo (Parapsicologia); Projeção da consciência (Projeciologia); Desdobramento espiritual, desprendimento espiritual ou emancipação da alma (Espiritísmo); Saída astral (Gnose); Projeção do corpo psíquico (Ordem Rosacruz); ou simplesmente "Viagem fora do corpo". As experiências fora do corpo ocorrem espontâneamente com todos os seres humanos pelo menos uma vez a cada noite, durante o sono. É uma capacidade natural que todos temos, independente de contexto religioso, cultural, social, esotérico, sexual ou racial. Ocorre que, quando deitamos para dormir, o nosso corpo sofre uma redução natural do seu metabolismo; os batimentos cardíacos ficam mais tranqüilos e o padrão de ondas cerebrais se modifica. Enquanto o corpo físico descansa, o corpo espiritual (também chamado de corpo astral, perespírito, psicossoma, alma, corpo sutil ou corpo de luz) desprende-se e flutua acima da parte física. Por ser um corpo de natureza sutil, pode se locomover em alta velocidade e voar a lugares do plano físico ou espiritual. Para se entender melhor a projeção tem que ficar claro que além do corpo físico, temos corpos mais sutis como o energético (a aura), o psicossoma (alma ou espírito) e o corpo mental (consciência). Quando a consciência está no estado de vigília, eles estão alinhados, co-incidentes; quando ela se projeta, ela decola com o psicossoma, estando coincidentes ou não. Essa projeção astral pode ocorrer de três maneiras básicas:

1. Projeção consciente - A pessoa está lúcida fora do corpo e pode controlar a experiência. (Apenas 1% da humanidade se projeta dessa forma)

2. Projeção semi-consciente - A pessoa está fora do corpo meio desperta; percebe as coisas mas não consegue interagir lucidamente com a experiência. (10% da humanidade se projeta dessa forma)

3. Projeção inconsciente - A pessoa está projetada fora do corpo mas não tem consciência disso; está dormindo fora do corpo. É o que ocorre com a maioria das pessoas, quase todas as noites. (89% da humanidade se projeta dessa forma).”

Notem que eles até dão a porcentagem e de maneira final, não como uma hipótese.

Aqueles que quiserem dar uma espiada no texto completo este o endereço:

http://www.geocities.com/Area51/Shadowlands/7501/parapsic2.html

A obra codificada por Kardec, a qual dizem alguns dos cultores da idéia do desdobramento consciente ou projeciologia, diz um capítulo inteiro sobre assunto que perpassa a doutrina trazida pelo sr. Waldo, é o que trás o título de Emancipação da Alma.

Prestem bastante atenção, os Espíritos superiores falam em Emancipação da Alma, esse o tema genérico, do qual, a suposta teoria de “desdobramento consciente” é especialidade, logo, é a teoria um dos temas elencados pela palavra dos Espíritos não a geratriz do tema, por favor, que entendamos todos.

Ensina também a doutrina que no caso do desdobramento consciente, (como se o Espírito pudesse, dobrar-se e desdobrar-se, tal como uma carteira de notas ou um telefone celular do formato flip), voltando então, ensina a doutrina que é uma capacidade anímica esse emancipar-se conscientemente, como fez a muito lembrada Yvone Pereira.

Ora, a saber-se que se trata de capacidade anímica, vê-se logo que esta, a uns alude, mas a outros tantos não. Trata-se unicamente as capacidades inerentes àquele Espírito e não a todos os Espíritos, tal como as qualidades mediúnicas das quais Kardec fala em O Livro dos Médiuns... Simples assim!

Alias, Kardec dá uma lição sobre essas últimas, e a coloco logo a seguir:

LM 218. “Se, apesar de todas as tentativas, a mediunidade não se tiver revelado de maneira alguma, é necessário renunciar a ela, como se renuncia a cantar quando não se tem voz. Quem não sabe uma língua serve-se de um intérprete.”

159."Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.

Deve-se notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns têm, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos(...)”

-x-x-

Dessarte, após esta pequena lembrança que trago excertada da obra básica, não há entre nós, aquele que não se tenha relembrado desse ensino tão básico, porém tão importante para que se possa compreender o tema desse artigo.

Tal como a qualidade mediúnica que têm alguns médiuns e que a outros não alude nem em gérmen, a capacidade anímica de se emancipar conscientemente é também algo de que só aquele que a possua poderá experimentar, testar, expandir ou aprender a utilizar, outro qualquer que não a tenha, dela não pode nem pensar em obter algo, posto que, sendo inerente somente a alguns, quem não a tenha, a ela não possa vir a ter, tal como se adquirisse um sanduíche, um televisor, ou uma bateria de máquina fotográfica das modernas.

Outra vez, minhas afirmações nos chegam não da minha inventiva ilusória, mas dos ensinos da obra básica.

Pretendo nesse final de pensamento, tão somente reafirmar e sob o estandarte espírita, a codificação, não meu antagonismo quer ao companheiro Waldo ou ao Wagner Borges, mas sim externar, como espírita que sou, o pensamento legado a todos nós, espíritas pelos Espíritos Superiores, para eu no futuro, em se vendo notícias enveredando por esse erro, possam também os amigo, externarem não a sua aversão, mas sim a palavra haurida da obra codificada, única que contém a certificação do C.U.E.E.

Muita paz.

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2007.

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